Método canguru auxilia no tratamento de bebês prematuros
Manutenção do vínculo com a mãe e ganho de peso são alguns dos benefícios


08/02/2019 09:48:30 Assessoria de Imprensa | Fotos: Bianca Santos NOTÍCIAS

O Hospital Regional de Presidente Prudente ‘Dr. Domingos Leonardo Cerávolo’ tem utilizado constantemente o método conhecido como “canguru” no auxílio do crescimento de bebês prematuros que nascem na unidade. O método propõe contato pele a pele da mãe com o recém-nascido.

Conforme o pediatra e neonatologista do HR, Murilo Sabbag Moretti, o método canguru traz inúmeros benefícios para a criança, entre os citados encontram-se: melhora na manutenção da temperatura do recém-nascido, fortalece o vínculo da mãe – ou de qualquer outro membro da família - com o bebê, aumenta o ganho de peso, fortalece o sistema imunológico e, consequentemente, reduz o risco de infecção. “Este método é indicado para bebês abaixo de dois quilos e estimula a ligação da mãe ou responsável com o recém-nascido, contribuindo com a recuperação de bebês abaixo do peso e prematuros, além de todos os benefícios citados anteriormente”, explica.

Nos braços da mamãe Juliana Jaqueline da Silva, o pequeno Thiago se sente mais seguro e consegue superar a transição da vida uterina para a extra-uterina. “Ganhei neném no dia 25 de janeiro e percebo o quanto meu filho está ganhando peso e se desenvolvendo. Sinto uma ligação muito forte quando pratico este método, tenho certeza que mesmo com alta continuarei praticando”, comenta.

O nome “canguru” não é à toa, mas sim pela forma que ele é executado: a mãe veste uma espécie de avental e o bebê é colocado ali dentro, direto com a pele da mãe, como se fosse uma bolsa de canguru. Aqui na unidade a técnica é dividida em duas fases: na UTI Neonatal – com o contato entre os pais e o recém-nascido mesmo na incubadora e também no quarto da enfermaria, quando a mãe é estimulada a passar o maior tempo possível em contato com o filho.

 

Técnica de relactação

No HR, as mamães também são instigadas a praticarem a relactação, que consiste em uma pequena sonda que é colocada em paralelo ao bico do seio e pode ser fixada com um micropore para deixá-la nesta posição durante a execução. Segundo a fonoaudióloga do Hospital Regional, Mariana Passos Rodrigues, a outra ponta da sonda fica geralmente em um copo menor e nesta vasilha pode constar leite materno ou fórmula, pois, quando o bebê mama, ele abocanha o peito e a sonda, ingerindo o leite de ambos.

“Esta técnica pode ser utilizada com todos os bebês, prematuros ou não, e, normalmente auxilia as mães com baixa produção de leite. Assim, contribui no ganho de peso e consome menos energia da criança na sucção”, diz. Além disso, a técnica também pode fazer com que mães adotivas comecem a produzir leite. “A relactação pode ajudar na produção de leite em mães que adotaram ou que pararam de amamentar e desejam retomar, e também contribui com bebês que não conseguem sugar bem”, conclui.


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