Artigo que analisa contribuições do ambulatório de imunologia do HR é aprovado por revista britânica
Material foi aprovado para a seção sobre imunodeficiências primárias


27/04/2020 08:38:40 Assessoria de Imprensa | Bianca Santos NOTÍCIAS

Um artigo escrito por sete profissionais de saúde e estatística da região - entre os quais dois médicos do HR - foi aprovado por uma conceituada revista científica britânica, a Frontiers of Immunology. O estudo faz uma análise retrospectiva de 39 pacientes com imunodeficiências primárias (IDPs) atendidos pelo ambulatório especializado neste tipo de paciente, criado em 2014 no Hospital Regional de Presidente Prudente “Doutor Domingos Leonardo Cerávolo”.

A pesquisa faz uma descrição das características epidemiológicas, clínicas e geoespaciais dos distúrbios das IDPs acolhidos no HR. Após a coleta dos dados, constatou-se que quase a metade (48,7%) dos pacientes tem menos de 17 anos, além de ser majoritariamente composto por mulheres.

Outro fator relevante da pesquisa diz respeito ao trabalho de busca ativa realizado pela equipe do ambulatório de imunodeficiências, que faz visitas periódicas nas clínicas da unidade, em especial as de pediatria e neonatologia. “Verificamos os sinais de alarme, tais como sinais respiratórios, otite de repetição, história familiar, doenças autoimunes, entre outras”, descreve a neonatologista Giovana Pelizari, uma das autoras da pesquisa.

De acordo com o estudo, 29 pacientes, oriundos desta busca ativa, foram investigados e 5 deles foram diagnosticados com IDP. “O diagnóstico precoce e o envolvimento de profissionais multidisciplinares, levaram a resultados marcantes”, disse o também autor da pesquisa, infectologista Luiz Euribel Prestes Carneiro.

Ele está à frente do ambulatório de imunodeficiências do HR desde a sua fundação e analisa com entusiasmo os benefícios da implantação deste serviço no oeste paulista. Segundo ele, antes de ser implantado aqui, pacientes em tratamento tinham de percorrer centenas de quilômetros para recorrer a serviços de referência na capital, em Campinas e Botucatu, por exemplo, o que acarretava grande desgaste físico, emocional e financeiro. “Quando implantamos o ambulatório no HR, identificamos cerca de 10 pacientes que eram imunodeficientes, mas haviam abandonado o tratamento por conta da dificuldade de deslocamento”, relata o médico. “De lá para cá, vimos aprimorando o serviço do ambulatório. Com a divulgação deste artigo em um periódico internacional, esperamos voltar os olhos do Estado para a unidade e atrair recursos financeiros que permitam ampliar o atendimento a pessoas com imunodeficiências no oeste paulista”, conclui.

Além de Euribel e Pelizari, compõem o grupo de pesquisadores a médica generalista Denise Helena Boton Pereira, os imunologistas Dewton de Morares Vasconcelos e Antonio Condino Neto, o bioestatístico Edilson Flores e a estudante de medicina Lívia Souza Primo.


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