Período de férias reduz doadores no Banco de Sangue
Na contramão, necessidade de transfusões tende a aumentar nesse período


02/01/2017 14:30:39 Paulo Fernandes NOTÍCIAS

Durante o ano de 2016, diversas reportagens nos veículos de comunicação e campanhas nas redes sociais foram realizadas na busca de motivar a presença de doadores no Banco de Sangue do Hospital Regional de Presidente Prudente “Doutor Domingos Leonardo Cerávolo”.

Ao longo do ano, a unidade contou com déficit na quantidade de bolsas de sangue, em relação a necessidade de transfusões. Neste período de férias e festividades de final de ano, é quando o Banco de Sangue mais sente a ausência de seus doadores. De acordo com o médico responsável técnico, José Nascimento Bressa, apenas 20% dos doadores cadastrados são contínuos, ou seja, realizam a doação de maneira regular durante o ano. “Por isso, fazemos campanhas, captação de doadores e pedimos o auxílio dos familiares para os pacientes que vão passar por cirurgia em motivar doadores”, explicou ao destacar que o problema para a falta de doadores está na cultura do brasileiro. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a doação de sangue é inserida na vida dos americanos ainda no período escolar”, acrescentou.

Na contramão da realidade, a necessidade de transfusões tendem a aumentar nesse período devido a moviemtnação nas rodovias e os acidentes de trânsito. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) 5% da população mundial deveria doar sangue, ao menos, uma vez no ano, o que supriria o déficit nos hospitais. No Brasil, este número chega a 2%.

Bressa ainda pontua, que apenas um paciente pode precisar de até sete doadores. “São os casos de pacientes com leucemia, por exemplos, que por terem uma doença considerada grave, precisam também das plaquetas”.

Rafael Dames Mattos, técnico em radiologia, foi o terceiro doador de sangue no ano de 2017 no Banco de Sangue do HR. Doador contínuo, diz que na sua opinião a falta de doadores está ainda na falta de informação e preconceitos das pessoas. “Ainda escuto dizerem que doar sangue dói, as pessoas têm medo de passarem mal, e assim vão deixando para depois”, disse. 

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