Incor realiza primeira captação de pulmão do ano no HR
Procedimento durou cerca de 4 horas e, na ocasião, também foi captado coração


12/07/2016 14:51:02 Paulo Fernandes NOTÍCIAS

O Hospital Regional de Presidente Prudente “Doutor Domingos Leonardo Cerávolo” sediou nessa terça-feira (12/07) a primeira captação de pulmão para doação em 2016. O procedimento foi realizado por uma equipe médica do Instituto do Coração de São Paulo (Incor) e durou cerca de 4 horas.

Na ocasião, foi captado também o segundo coração para transplante este ano, além de fígado e rins. O doador é um paciente de 14 anos vítima de um acidente no último sábado (09/07).

“O tempo que temos entre captar o órgão e transplantá-lo é muito pequeno, podendo chegar até 6 horas. No entanto, o processo completo entre captação e transplante de pulmão pode chegar até 20 horas, contando os procedimentos cirúrgicos e a logística da equipe, do doador e receptor. Quando temos um bom doador, como tivemos hoje a chance de sucesso na captação é muito grande. A estrutura que este hospital oferece, o zelo da equipe com o doador, a competência de toda a equipe em campo, sem dúvidas interfere no resultado do procedimento”, apontou o médico do Incor, responsável pela captação dos pulmões, Lucas Matos Fernandes.  

De acordo com o médico coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Transplante (CIHT) do HR, Renato Ferrari, ações como esta são possíveis quando a família, mesmo em um momento de dor, tem o entendimento do desejo do paciente manifestado ainda em vida.

“O ato da família em aceitar o processo faz do doador o protagonista. Não seria possível se não tiver o entendimento da família. Quando o paciente manifesta em vida sobre o desejo de ser doador, faz com que uma decisão como está em um momento de dor seja tomada com mais tranquilidade”, afirmou Ferrari.

A captação dos pulmões e do coração teve início às 9h45 e término por volta das 13h45. Os órgãos foram escoltados pela Polícia Militar Rodoviária até o Aeroporto Estadual Ademar de Barros em Presidente Prudente, onde embarcaram para São Paulo em jato fretado. O fígado foi captado por uma equipe de Sorocaba e teve o apoio do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na logística. Já os rins por uma equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Marília. 


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