Método Canguru: conforto e carinho no colo da mãe



No aconchego do colo materno, os recém-nascidos se sentem mais seguros e conseguem superar com mais facilidade a transição da vida uterina para a extra-uterina. No entanto, quando o bebê nasce prematuro, ele precisa ficar um tempo nas incubadoras da UTI Neonatal, até adquirir peso e tamanho adequados.

É aí que o Mãe Canguru entra em ação: o bebê é colocado em posição vertical e em contato pele a pele com a mãe, aumentando muito o vínculo entre os dois. Na verdade, não é só a mãe que pode realizar o método. O pai ou qualquer outro membro da família também podem participar.

O nome “Canguru” é uma referência à forma como ele é executado: a mãe veste uma espécie de avental e o bebê é colocado ali dentro, em contato direto com o colo da mãe, como se fosse a bolsa de um canguru.

Além de ser um gesto carinhoso, o método acalma o bebê, diminui a ansiedade da mãe, estabelece maior apego, incentivo ao aleitamento materno e acelera o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Quem explica é a médica neonatologista do Hospital Regional de Presidente Prudente “Doutor Domingos Leonardo Cerávolo”, Giovana Marioto Pelizari. “É importante lembrar que o Mãe Canguru pode inclusive ser feito em casa, após a alta hospitalar, pelo tempo que os pais acharem necessário”, acrescenta.

A técnica é dividida em duas etapas. A primeira ocorre quando o recém-nascido ainda está internado na UTI Neonatal. Aqui, o método é fundamental para estimular o contato entre os pais e o bebê, mesmo na incubadora, e permite que a mãe participe de todas as atividades desenvolvidas na unidade, como aleitamento e medicação.

A segunda etapa é realizada no quarto da enfermaria, em que a mãe é convidada a permanecer em contato direto com o filho o maior tempo possível, por meio do Método Canguru.

Histórico

No Hospital Regional, o método canguru existe há mais de 10 anos. Porém, a técnica é bem mais antiga, surgiu em meados de 1979 na Colômbia com o objetivo de diminuir a superlotação nas UTI’s neonatais e promover a estabilidade térmica dos prematuros.

Um estudo recente da Academia Americana de Pediatria (AAP), mostrou que o contato, pele a pele, entre mães e bebês pode reduzir os níveis de estresse materno, condição unânime entre aquelas com recém-nascidos internados.

Com o objetivo de estimular o desenvolvimento dos bebês da UTI Neonatal, o HR também realiza o projeto “Hora do Soninho”, que reserva algumas horas do dia para permitir o descanso absoluto dos pequenos pacientes, sem nenhuma interrupção. 

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